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Abbas convoca povo de Gaza a acabar com regime do Hamas

Segundo o presidente da ANP, palestinos têm que 'fazer cair este grupo que tomou Gaza à força'

Por Efe
Atualização:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, convocou nesta quinta-feira, 15, os palestinos da Faixa de Gaza a "fazer cair" o regime do Hamas que governa na região desde que o grupo islâmico assumiu o controle do local em junho.   Abbas fez o apelo em discurso por ocasião do "Dia da Independência", que lembra o anúncio feito em 1988 por Yasser Arafat sobre a "criação de um Estado palestino junto ao de Israel, com Jerusalém como sua capital e nos territórios ocupados desde 1967".   O destino do povo palestino "é lutar duramente para acabar com a ocupação, mas, ao mesmo tempo, temos que fazer cair este grupo que tomou Gaza à força e que agora negocia com o sofrimento do povo palestino", disse o presidente da ANP.   Ele afirmou que os palestinos na Faixa de Gaza estão "submetidos a ações criminosas por parte do Hamas em paralelo ao reforço do isolamento por parte de Israel".   Abbas ressaltou que as ações do Hamas em Gaza, principalmente a repressão a membros do movimento Fatah, dão a Israel "um novo pretexto para enfraquecer a posição política palestina".   Na segunda-feira, sete palestinos morreram e vários ficaram feridos após serem baleados por membros das forças de segurança leais ao Hamas em Gaza durante um grande ato em memória a Yasser Arafat, no terceiro aniversário de sua morte.   "O povo palestino está decidido, mais que em qualquer outro momento, a alcançar sua independência, apesar das dificuldades e dos obstáculos", disse o presidente da ANP.   Em seu discurso, Abbas falou também sobre a conferência de paz de Annapolis (Estados Unidos), prevista para ocorrer no fim do mês. "Trabalhamos duro para conseguir que seja um novo e decisivo ponto de inflexão rumo a uma solução justa que garanta os direitos de nosso povo", acrescentou.   Ele revelou que a ANP está em contato com a comunidade internacional, incluindo os países árabes, para conseguir a retomada das negociações de paz com os israelenses após a conferência.

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