
24 de outubro de 2009 | 11h11
Abbas, de 74 anos, anunciou novas eleições na sexta-feira, depois que o Egito fracassou nos esforços de reconciliar sua facção Fatah, que governa a Cisjordânia, com o grupo islâmico palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
O Hamas rejeitou o anúncio e deu a entender que poderia fazer sua própria eleição na Faixa de Gaza, uma medida que poderia criar dois presidentes, dois parlamentos e dois primeiros-ministros em dois territórios palestinos separados.
Falando em uma reunião do Conselho Central Palestino na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, Abbas disse que seguiria com a data marcada para a eleição em 24 de janeiro. Os palestinos foram às urnas pela última vez em 2006, quando o Hamas derrotou o Fatah.
"Essa é a lei, temos que cumpri-la. Continuamos com o prazo constitucional. (Ao mesmo tempo), continuamos com os esforços de reconciliação," disse Abbas.
Ele acrescentou que as eleições presidenciais e parlamentares poderiam ser adiadas até junho, como foi proposto pelo Egito, se as facções chegassem a um acordo. Mas a furiosa reação do Hamas era um mau presságio.
O porta-voz do Hamas em Gaza, Fawzi Barhoum, disse que o discurso de Abbas estava "cheio de mentiras, decepções e contradições."
"Ele tentou virar a opinião pública contra o Hamas," disse.
Abbas não tem um sucessor claro e deve liderar seu partido na campanha, buscando a reeleição. Ele rejeitou as acusações de que o decreto eleitoral era uma manobra política para reforçar sua autoridade.
O Hamas disse que não permitirá a realização de eleições na Faixa de Gaza sem um acordo com o Fatah.
(Reportagem de Mohammed Assadi e Ali Sawafta)
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