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Afeganistão deve ter segundo turno eleitoral, diz jornal

Investigação de fraude eleitoral teria reduzido a votação do presidente Hamid Karzai para 47%

Atualização:

Uma investigação de fraude eleitoral reduziu a votação do presidente Hamid Karzai para 47%, o que o obrigará a realização de um segundo turno em dezembro contra o ex-chanceler Abdullah Abdullah, disse o jornal norte-americano The Washington Post nesta sexta-feira, 16. Veja também: especialEspecial: 30 anos de violência e caos no Afeganistão 

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Citando fontes oficiais familiarizadas com o resultado, o jornal disse que a totalização da Comissão de Queixas Eleitorais deve ser finalizada na própria sexta-feira. Resultados preliminares divulgados na terça-feira, 13, haviam dado a Karzai mais de 54% nas eleições de agosto, o que evitaria o segundo turno. Mas o embaixador afegão em Washington, Said Jawad, disse na quinta-feira ao Post que o segundo turno seria "provável". Em entrevista publicada na quinta-feira, 15, pelo The New York Times, o embaixador já havia dito que o governo se preparava para que a comissão eleitoral anunciasse no sábado que o segundo turno seria necessário. Citando uma fonte oficial dos EUA no Afeganistão, o Post disse que cédulas com os nomes de Karzai e Abdullah foram impressas em Londres, antecipando-se ao segundo turno, e já chegaram à missão da ONU em Cabul. A eleição de agosto, com amplas denúncias de fraude, está sendo levada em conta na atual revisão da estratégia americana pelo governo de Barack Obama, que pode determinar o envio de reforços ao país.

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