AFEGANISTÃO - O governo de uma província afegã negou nesta quarta-feira, 21, que Mohamed Merah, suspeito de atacar militares e uma escola judaica na França, teria sido preso em 2007 por cometer atentados no Afeganistão e fugido meses depois.
Veja também:Tragédia altera cenário da campanha presidencialREPERCUSSÃO: Líderes condenam atentadoEssa versão havia sido apresentada por Ghulam Faruq, dirigente do sistema carcerário em Kandahar. Citando documentos prisionais, Faruq disse à Reuters que Merah foi capturado em 19 de dezembro de 2007 e sentenciado a três anos de prisão por plantar bombas na província de Kandahar (sul), berço do Taleban. Uma fonte graduada de inteligência em Kandahar confirmou a versão de Faruq e disse que possuía um prontuário sobre um franco-argelino do mesmo nome, que foi detido em 2007 e fugiu da prisão em 2008. Mas o gabinete do governador local disse, com base em registros judiciais, que esse relato é "infundado". "As forças de segurança em Kandahar nunca detiveram um cidadão francês chamado Mohammad Merah", disse Ahmad Jawed Faisal, porta-voz do governador. Christian Etelin, advogado de Merah na França, disse que seu cliente esteve preso na França entre dezembro de 2007 e setembro de 2009, cumprindo pena de 18 meses por assalto, e que portanto não poderia ter ficado preso no Afeganistão nesse período. Merah, cidadão francês de origem argelina, é suspeito de assassinar sete pessoas em nome da rede militante Al Qaeda, inclusive três crianças em uma escola judaica de Toulouse, nesta semana.