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Afeganistão só assinará pacto com EUA se exigências forem atendidas

Atualização:

O presidente afegão, Hamid Karzai, não permitirá que nenhum de seus ministros assine um pacto de segurança com os Estados Unidos enquanto não forem atendidas exigências-chave, disse nesta quarta-feira o porta-voz dele. Na terça-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, declarou que um acordo bilateral de segurança poderia ser firmado pelo ministro da Defesa de Karzai, Bismillah Khan Mohammadi - na prática, passando ao largo de Karzai. O acordo vai estabelecer os moldes da presença militar norte-americana depois de 2014 no Afeganistão. Autoridades dos EUA dizem que, se não houver nenhum acerto até o final do ano, serão forçadas a considerar uma retirada total das tropas, deixando as forças afegãs sozinhas na luta contra a insurgência do Taliban. Mas o porta-voz de Karzai, Aimal Faizi, disse que o presidente permanece comprometido com suas duas principais exigências. "O presidente Karzai quer o fim absoluto das operações militares nos lares afegãos e um começo significativo para o processo de paz, e nós estamos certos de que os americanos podem fazer isso praticamente dentro de dias ou semanas", afirmou Faizi. Há atualmente 47 mil militares dos EUA no Afeganistão. Os EUA vêm discutindo com autoridades afegãs a manutenção de uma força residual de cerca de 8 mil soldados depois da retirada da missão de combate da Otan, no ano que vem. (Reportagem de Hamid Shalizi)

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