TEERÃ - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou nesta segunda-feira, 19, os Estados Unidos de terem financiado aos autores do duplo atentado a bomba de quinta-feira em Zahidan, no sudoeste do país, que causou mais de 30 mortos e uma centena de feridos.
"EUA patrocinam os terroristas e os autores deste tipo de atentados na região com ajudas financeiras, equipamentos de informática e armas", afirmou Ahmadinejad na inauguração de duas fábricas de cerâmica em Qazvin, no leste de Teerã, segundo a agência pública de notícias "Irna".
O ultraconservador líder iraniano destacou que o duplo atentado de quinta-feira a uma mesquita em Zahidan, centro da província de Sistan-Baluchistão, aconteceu após a aprovação de uma nova resolução da ONU contra o Irã.
"Esta é a lógica dos vaqueiros, que primeiro impõem uma resolução, depois ameaçam e depois pedem para dialogar", sentenciou.
Ahmadinejad acrescentou que, no entanto, "Irã está disposto ao diálogo se perceber que eles querem a justiça e a lei para todos".
Na opinião dele, a preocupação do Ocidente "não é pelo temor de uma bomba atômica, já que eles têm milhares ogivas nucleares, mas temem pelo despertar dos povos e suas tentativas de alcançarem o desenvolvimento tecnológico".
"As resoluções não podem afetar ao Irã e impedir seu desenvolvimento", precisou.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou recentemente uma nova resolução de sanções contra o Irã, a quarta até agora, por sua rejeição de suspender o enriquecimento de urânio que pede a comunidade internacional.
Os países ocidentais, especialmente os EUA e Israel, suspeitam que o Irã tenha um programa clandestino de armamento por trás de outro de atividades pacíficas.
As autoridades do regime teocrático xiita de Teerã rejeitam a acusação e afirmam que suas atividades atômicas são transparentes e têm fins pacíficos e civis.