O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, viu nesta terça-feira, 16, de forma positiva uma possível mediação do Brasil no conflito nuclear e disse que esses esforços seriam "frutíferos".
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Em entrevista coletiva nesta terça-feira em Teerã, o presidente ressaltou pontos em comum entre os dois países. Para ele, da mesma forma que o Irã, o Brasil "procura mudar as coisas". "Temos muitos amigos no mundo interessados em ajudar e colaborar e que, como nós mesmos, não estão de acordo com as tensões e buscam a paz", afirmou.
"Entre eles estão o povo e o Governo do Brasil, com quem mantemos boas relações. O Brasil foi um dos países que defendeu o Irã", continuou Ahmadinejad. Nesse sentido, o presidente reiterou que o Irã aceitaria a participação e os esforços do Brasil, que para ele "seriam frutíferos".
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Em visita a Madri, o chanceler Celso Amorim confirmou hoje à Agência Efe que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve viajar ao Irã em 15 de maio.
O ministro voltou a defender uma nova via de diálogo para buscar uma solução à disputa de Teerã com o Ocidente sobre a questão nuclear. Segundo o chanceler brasileiro, o presidente Lula o encarregou de fazer gestões e participar de vários diálogos de modo a abrir caminho para uma solução negociada.
O ministro disse que, após conversas com as autoridades iranianas e ocidentais, vê que a distância para se chegar a isso "não é tão grande". "Talvez seja questão de se sentar à mesa e ver se realmente é possível preencher as brechas que ainda existem", afirmou.
"A impressão que tenho é que não é impossível e acho que seria um desejo do Governo iraniano fazê-lo, depende da vontade política, da percepção que esse caminho, embora possa parecer um pouco tortuoso, é talvez o mais seguro", acrescentou.