
29 de setembro de 2010 | 18h17
TEERÃ- O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, descreveu nesta quarta-feira, 29, como "uma guerra" suas múltiplas entrevistas concedidas à imprensa americana em sua recente viagem a Nova York.
Em declarações divulgadas pelo canal estatal iraniano PressTV, o governante ultraconservador também acusou os jornalistas americanos de trabalharem a serviço da Casa Branca.
"Essas entrevistas foram na realidade verdadeiras batalhas, uma guerra, apesar de afirmarem que existe liberdade de imprensa, na verdade trabalham em favor dos responsáveis norte-americanos", disse Ahmadinejad durante uma reunião com clérigos encarregados de realizar os sermões de sexta.
Segundo o líder iraniano, uma das armas mais daninhas empregadas contra seu país é "a guerra psicológica com a que tentam nos dobrar e para isso usam palavras de certas pessoas de nosso país".
Ahmadinejad viajou na semana passada a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU, e causou uma nova polêmica ao sugerir que os Estados Unidos estão envolvidos nos atentados de 11 de setembro.
Nesta quarta, os EUA anunciaram sanções contra oito membros do governo iraniano acusados de violações aos direitos humanos durante a repressão aos protestos pós-eleitorais de 2009.
O país também foi o principal defensor de um quarto pacote de sanções aprovado em junho pelo Conselho de Segurança da ONU, devido ao controvertido programa nuclear iraniano.
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