25 de outubro de 2012 | 11h53
"Ao explorar a desatenção... agentes corruptos norte-americanos, da Otan e sionistas estão tentando desviar o movimento de jovens muçulmanos semelhante a um dilúvio e colocá-los em confronto uns com os outros em nome do islã", afirmou Khamenei em uma mensagem anual aos iranianos que foram à Arábia Saudita para a peregrinação do haj.
"Eles estão tentando transformar a jihad contra o colonialismo e o sionismo em terrorismo cego nas ruas... para que os muçulmanos derramem sangue um do outro."
Autoridades no Irã, que é de maioria muçulmana xiita, frequentemente descrevem as revoltas da "Primavera Árabe" como um "despertar islâmico".
Algumas dessas revoltas trouxeram islâmicos ao poder, enquanto outras, notadamente na Síria e no Barein, opuseram sunitas contra xiitas ou alauítas, membros de uma ramificação do islamismo xiita.
O Irã alinhou-se com o seu aliado regional, o presidente sírio, Bashar al-Assad, e o movimento xiita Hezbollah, do Líbano, no que chama de um "eixo de resistência" contra Israel. Ao mesmo tempo, o país nega as acusações de monarquias do Golfo Pérsico governadas por sunitas de que está incentivando revoltas xiitas em seus países.
"As potências arrogantes agressivas e intervencionistas estão fazendo todos os esforços para desviar o curso desses movimentos islâmicos significativos", disse Khamenei, segundo a televisão estatal iraniana, incitando os muçulmanos a mostrar solidariedade.
Ele reiterou a oposição do Irã de intervenção externa na Síria, dizendo que somente os sírios poderiam decidir o seu próprio futuro, e disse que outras nações não especificadas também poderiam ser tragadas pelo tumulto da Síria.
(Reportagem de Marcus George)
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