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AIEA pede que países membros discutam meio para Israel aderir ao TNP

Segundo agência, arsenal não declarado do Estado judeu ameaça segurança e estabilidade da região

Atualização:

Associated Press

 

VIENA- O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu informações internacionais que permitam convencer Israel de aderir ao Tratado de Não Proliferação (TNP) de armas nucleares, uma medida que certamente intensificará a pressão sobre o Estado judeu para assumir a posse de um arsenal nuclear.

 

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Em uma carta desta quarta-feira, 5, Yukiya Amano pediu que os chanceleres dos 151 países membros da AIEA compartilhem opiniões sobre a forma de implementar uma resolução que exija a aderência de Israel ao TNP, permitindo que a agência supervisione suas instalações nucleares.

 

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O texto foi divulgado à Associated Press em um momento no qual surgem críticas cada vez maiores nos países árabes contra Israel, no marco da conferência internacional na sede da ONU, em Nova York. Na terça. Os países árabes usaram o segundo dia da reunião para pedir a eliminação do arsenal atômico no Oriente Médio, enquanto acusavam Israel de não revelar seu material nuclear e não assinar o tratado.

 

O Egito propôs que a conferência atual respalde um plano para que as negociações referentes à eliminação das armas nucleares no Oriente Médio comecem em 2011. A proposta pode se converter em um importante ponto de debate na sessão, que durará um mês.

 

Os Estados Unidos apoiou a ideia, ainda que com cautela, e já sinalizou que sua implementação deve esperar um progresso maior nas negociações de paz do Oriente Médio. Israel também sustenta que as negociações devem ser finalizadas antes de se pensar em um desarmamento regional.

 

A carta da AIEA é emitida sete meses depois que os países integrantes do organismo aprovaram em sua reunião anual uma resolução que critica diretamente Israel e seu programa atômico, com 49 dos 110 países a favor, 45 contra e 16 abstenções.

 

O resultado foi um revés não só para Israel, mas também para Washington e outros aliados do Estado judeu. Também reflete as tensões cada vez maiores entre Israel e seus simpatizantes com as nações árabes, apoiadas pelos países em desenvolvimento.

 

A resolução "expressa o temor sobre a capacidade nuclear de Israel" e suas relações com a "preocupação sobre a ameaça que representa a proliferação de armas nucleares para a segurança e estabilidade do Oriente Médio".

 

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