
29 de janeiro de 2014 | 13h55
Uma equipe de três membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi à mina de Gchine, perto da cidade de Bandar Abbas, ao sul do Golfo Pérsico, disse um porta-voz da organização de energia atômica do Irã. A AIEA esteve lá pela última vez em 2005.
Eles "estão realizando sua inspeção agora", disse Behrouz Kamalvandi no site da Press TV, a rede de televisão estatal em inglês do Irã.
Permitir que a agência nuclear da ONU, que investiga suspeitas de que o Irã pode ter realizado pesquisas para uma bomba atômica, vá a Gchine era um de seis passos concretos com os quais os iranianos concordaram no acordo de cooperação com a AIEA fechado em 11 de novembro.
O acordo Irã-AIEA é distinto do pacto inédito de 24 de novembro entre Teerã e seis potências mundiais para conter o programa nuclear iraniano em troca de um alívio limitado nas sanções que enfraqueceram a economia do país. O acordo entrou em vigor em 20 de janeiro.
Os dois acordos assinalaram um avanço rápido nos laços problemáticos do Irã com o resto do mundo, e foram possibilitados pela eleição de Hassan Rouhani, um presidente relativamente moderado que busca encerrar o isolamento internacional de Teerã.
O Irã diz estar refinando urânio somente para abastecer uma rede de usinas nucleares em planejamento. Mas o mesmo material também pode fornecer o núcleo físsil para uma bomba atômica se for mais enriquecido.
Os dois lados se reunirão em 8 de fevereiro para discutir futuros passos sob o acordo de cooperação, e a AIEA pretende pressionar para ter mais acesso e informações relacionadas à sua investigação sobre a suposta pesquisa de armas atômicas do Irã.
Teerã nega as acusações e diz serem uma invenção.
(Por Fredrik Dahl)
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