BADGÁ - O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, confirmou nesta terça-feira, 22, que existe um plano para assassinar o líder da coalizão al-Iraqiya, Iyad Allawi, cuja coalizão saiu ganhadora nas últimas eleições gerais celebradas em 7 de março.
Al-Maliki declarou em uma conferência de imprensa em Bagdá que conhece a existência de um plano "que tem como objetivo" o presidente da aliança política al-Iraqiya e um dos possíveis aspirantes a substitui-lo como primeiro-ministro.
O chefe do executivo explicou que o Ministério da Defesa comunicou a existência deste plano a Allawie se comprometeu a outorga-lhe a proteção necessária.
Nesse sentido, al-Maliki destacou que é "algo natural" que se disponha proteção a qualquer personalidade exposta a ameaças.
Por outro lado, mostrou seu descontentamento com as acusações feitas contra seu governo que apontam que o próprio executivo está por trás das ameaças contra personalidades políticas.
Allawirevelou há dois dias e uma entrevista ao jornal britânico The Times que tem recebido ameaças de morte, e que devido a esta situação pediu uma maior proteção das forças americanas, que intensificaram as medidas de segurança ao redor de sua residência.
Ao mesmo tempo, o dirigente político pôs em dúvida a efetividade das medidas de proteção que adotaram os corpos de segurança iraquianas. No último dia 24 de maio, um deputado da coalizão al-Iraqiya morreu por disparos de insurgentes em Mosul, a 400 km ao norte de Bagdá.
O Iraque se encontra mergulhado na incerteza política depois que a al-Iraqiya ganhou as eleições parlamentares sem conseguir o número suficiente de assentos para governar com maioria absoluta.
Tanto al-Maliki como Allawi creem que possuem prioridade para tentar formar o governo, o primeiro pela coalizão criada com a Aliança Nacional Iraquiana, e o segundo por ser o partido com maior número de assentos na Câmara, 91 de 325 frente aos 89 obtidos por al-Maliki.