Uma coalizão da Al-Qaeda no Iraque reivindicou, nesta terça-feira, 25, uma série de ataques a ministérios do governo, em Bagdá, na semana passada, que deixou mais de 100 mortos e centenas de feridos. O grupo, conhecido como Estado Islâmico do Iraque, afirmou em comunicado que "com a graça de Deus", seus "filhos lançaram um novo abençoado ataque no coração da ferida Bagdá".
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O texto afirma que a intenção era destruir os "bastiões da infidelidade", que pertencem ao que o grupo descreveu como o governo pró-Irã do primeiro-ministro Nouri al-Maliki. O grupo da Al-Qaeda listou alvos que reivindica ter atacado na última quarta-feira, incluindo os Ministérios de Finanças, Relações Exteriores e Defesa, no centro da capital iraquiana. O comunicado foi divulgado na internet nesta terça-feira, em um site normalmente usado por grupos extremistas.
O governo iraquiano tenta defender-se das críticas sobre falhas na segurança que permitiram os ataques e exigiu que a Síria entregasse dois supostos integrantes do partido de Saddam Hussein, o Baath, que teriam ligação com os ataques.
Nesta terça-feira, o Iraque elevou o nível de confronto diplomático com seu vizinho ao convocar de volta seu embaixador na Síria que, por sua vez, ordenou o retorno de seu embaixador em Bagdá e disse que a menos que o governo do Iraque forneça evidências, a Síria vai considerar que as afirmações foram fabricadas "por objetivos políticos".
Os ataques de 19 de agosto atingiram vários ministérios, enfraquecendo a confiança nas forças de segurança iraquianas. O governo iraquiano responsabilizou uma aliança entre a Al-Qaeda e ex-integrantes do partido Baath e divulgou a confissão gravada em vídeo de um suspeito de planejador dos ataques que afirmou que dois integrantes do Baath na Síria ordenaram os ataques.