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Al Qaeda tinha navios petroleiros como alvo para alimentar crise no Ocidente

Ideia seria atacar embarcações no Índico e no Atlântico para evitar áreas litorâneas com grandes povoações muçulmanas

Por Efe
Atualização:

WASHINGTON - A Al Qaeda tinha entre seus planos de 2010 "atacar navios petroleiros" e diversos alvos energéticos em todo o mundo, para alimentar a "crise econômica no Ocidente", segundo revelaram agências de segurança americanas sexta-feira, 20.

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Veículos da imprensa como "Washington Post" e "CNN" citam um boletim interno do FBI (polícia federal americana) e do Departamento de Segurança Nacional no qual o interesse da rede liderada por Osama bin Laden, morto em uma operação de comandos americanos no início deste mês, em "navios petroleiros" como alvos é apresentado.

Desta forma, a Al Qaeda "direcionaria o Ocidente rumo a uma crise econômica extrema mediante a perturbação da provisão de petróleo".

A rede terrorista teria indicado que sua intenção era atacar estes "navios petroleiros em alto-mar no Índico e no Atlântico, já que não queria afetar petroleiros assaltados em áreas litorâneas com grandes povoações muçulmanas".

No entanto, Matthew Chandler, porta-voz do Departamento de Segurança Nacional, disse que seu escritório "não está a par de planos iminentes ou específicos contra o setor energético fora ou dentro dos EUA".

Ainda assim, Chandler reconheceu que "em 2010 houve um contínuo interesse por parte de membros da Al Qaeda em apontar como alvos navios petroleiros e a infraestrutura comercial petrolífera no mar".

Por isso, o Departamento de Segurança Nacional e o FBI alertaram as autoridades para que fiquem atentas, mas indicaram que não emitirão um alerta terrorista devido à inexistência de dados específicos e confiáveis que apontem a um plano em andamento.

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Na operação de 2 de maio, no Paquistão, os soldados americanos recolheram informações e documentos da Al Qaeda que estão sendo analisados por CIA e FBI.

Segundo informação divulgada pelo Pentágono, a Al Qaeda tinha marcados alvos e datas do calendário dos EUA, embora não tenha encontrado nenhum plano concreto de ataque.

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