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Americanos presos por invadir Irã teriam ligação com protestos

Deputado iraniano se diz convicto que detidos tinham "planos para interferir nos assuntos internos do país"

Atualização:

Um influente parlamentar do Irã disse nesta segunda-feira, 10, que a entrada ilegal de três americanos que foram presos no país pode ter relação com os distúrbios pós-eleitorais na República Islâmica. Segundo autoridades do iraquianas, os americanos cruzaram entraram no Irã a partir da fronteira com o Iraque.

 

"Sua entrada ilegal não pode ser totalmente não-relacionada com o distúrbio pós-eleitoral. Que missão os três estavam realizando no Irã? Por que não solicitaram vistos do Irã", disse Mohammad Karamirad, membro do Comitê de Assuntos Exteriores e Segurança Nacional do Parlamento, à agência oficial de notícias Irna. "No cenário mais otimista, achamos que os três tinham planos de interferir nos assuntos internos do Irã", afirmou. O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jim Jones, disse no domingo, 9, que os EUA estão pressionando Teerã a libertar o grupo. A oposição iraniana diz que houve fraude no pleito de 12 de junho, que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad. O resultado eleitoral mergulhou o Irã na sua pior crise interna desde a Revolução Islâmica de 1979. Pelo menos 20 pessoas morreram e centenas foram presas em incidentes desde então. Os governos de EUA, França, Grã-Bretanha, Itália e Alemanha não cumprimentaram Ahmadinejad pela reeleição, como é praxe. As potências ocidentais também pressionam o Irã abandonar seu programa nuclear, que Teerã garante ser pacífico.

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