Após crítica, Londres propõe debater direitos humanos com Irã

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A Grã-Bretanha disse na quinta-feira ao Irã que gostaria de discutir sua reação aos distúrbios dos últimos dias, depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusar a polícia inglesa de reprimi-los de forma "selvagem". A Grã-Bretanha foi um dos vários países que condenaram em 2009 a violenta repressão iraniana a manifestações depois da reeleição de Ahmadinejad, que na quarta-feira foi rápido em criticar o "esmagador ataque" da polícia britânica contra cidadãos desarmados. Em carta à chancelaria iraniana, a encarregada de negócios britânica em Teerã, Jane Marriott, disse: "Lembro aos senhores que o Reino Unido mantém um convite permanente a todos os relatores especiais da ONU, e já facilitou visitas de vários desses relatores ao Reino Unido em anos recentes." "Peço ao governo iraniano que estenda uma cortesia similar ao relator especial da ONU para a República Islâmica do Irã, Ahmed Shaheed, para permitir que ele trate das graves preocupações da comunidade internacional a respeito de violações de direitos humanos em curso dentro do Irã." O Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu em março encarregar Shaheed, ex-chanceler das Maldivas, de investigar a repressão à oposição iraniana e o uso frequente da pena de morte no país. Até agora, Teerã não autorizou a visita dele.

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