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Após derrota, primeiro-ministro iraquiano promete impugnar eleição

Coalizão secular de sunitas e xiitas deve ter maioria no Parlamento iraquiano

Atualização:

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, disse nesta sexta-feira, 26, que a vitória da oposição secular liderada pelo ex-premiê Iyad Allawi não é definitiva  e antecipou que sua aliança política vai recorrer aos canais legais para impugná-los.

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Veja também:link Atentado mata 40 no dia do resultadoDe acordo com os dados da Comissão Eleitoral, ainda provisórios, a aliança política com maior número de deputados foi a opositora Al Iraqiya, que obteve 91 cadeiras, enquanto a coalizão de Maliki - O Estado de Direito - ficou em segundo lugar, com 89 das 325 cadeiras que estavam em disputa."Os resultados não são definitivos e levantam dúvidas", afirmou Maliki em entrevista coletiva imediatamente depois que a Comissão Eleitoral anunciou os dados finais provisórios das eleições parlamentares do dia 7 de março."O Estado de Direito impugnará estes resultados na Corte Suprema, porque tem documentos irrefutáveis em relação à manipulação", acrescentou o primeiro-ministro.No domingo passado, quando se aproximava o final da apuração, Maliki pediu para realizar uma apuração manual de todos os votos por causa das irregularidades denunciadas por grupos políticos que não identificou.No entanto, a Comissão Eleitoral rejeitou essa possibilidade e disse que só é possível a apuração manual em algum distrito eleitoral quando existirem denúncias de irregularidades que o justifiquem."A postura da Comissão Eleitoral de rejeitar uma apuração manual é inaceitável e ao mesmo tempo incompreensível", disse o chefe do Governo.Apesar de que sua coalizão ficou em segundo lugar, Maliki afirmou que os dirigentes de sua aliança política já começaram os contatos políticos para buscar o apoio de outros grupos "para formar Governo".Nenhuma das alianças políticas obteve as cadeiras suficientes para formar Governo, por isso que será necessário forjar acordos entre os diferentes.

"Trabalharemos para formar o maior bloco (político) no próximo Parlamento", insistiu Maliki.

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