23 de março de 2009 | 12h15
O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, protestou contra essa e outras restrições impostas por Israel, que travou a entrada de alguns tipos de macarrão, geleias de frutas e outros alimentos a 1,5 milhão de palestinos que vivem no enclave.
Em um caso, Israel bloqueou por semanas um carregamento de grão-de-bico -- usado para fazer a iguaria árabe homus -- do Programa Mundial de Alimentos, de acordo com a agência da ONU.
Diplomatas ocidentais, falando sob a condição de anonimato, disseram que o gabinete de Olmert informou a Washington e Bruxelas que todos os tipos de alimentos terão entrada permitida na Faixa de Gaza.
"A política do governo é clara. Toda comida é humanitária e todo carregamento humanitário pode entrar. Nós deixamos assegurado que isso está claro", disse uma importante autoridade israelense. "Nós queremos que o processo seja aperfeiçoado."
Mas os diplomatas ocidentais permanecem cautelosos, dizendo ainda não estar claro se as instruções do primeiro-ministro em final de mandato seriam seguidas pelos militares israelenses que controlam a travessia na fronteira com a Faixa de Gaza.
Diplomatas disseram ainda não estar claro se as restrições a entregas de outros itens inofensivos, como papel higiênico, sabonete e pasta de dente, também seriam suspensas.
Israel apertou seu bloqueio ao enclave costeiro em uma tentativa de enfraquecer o Hamas, que tomou o controle da Faixa de Gaza em uma guerra civil em 2007 contra a Fatah -- facção apoiada pelo Ocidente e a que pertence o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Somando-se às restrições do que classifica como bens de luxo, como cigarros e chocolates, Israel bloqueou a entrada de matérias como cimento e ferro, que poderiam ser usados para a reconstrução da Faixa de Gaza, após a ofensiva militar de três semanas promovida pelos Israelenses em dezembro e janeiro últimos.
(Reportagem de Adam Entous)
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