Após soltura de refém britânico, Iraque pode libertar militante

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Por SUADAD AL-SALHY
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O Iraque informou na quinta-feira que a Justiça pode libertar em breve o líder de um grupo xiita acusado de sequestrar em 2007 o britânico Peter Moore, caso não encontre provas criminais contra ele. Moore foi solto do cativeiro na quinta-feira. Ali Al Dabbagh, porta-voz do governo, disse que as forças dos EUA transferiram Qais Al Khazali, chefe do grupo militante Asaib Al Haq, para a custódia iraquiana enquanto Moore era entregue às autoridades britânicas em Bagdá, após dois anos e meio de sequestro. "Khazali será trazido aos juízes iraquianos e, se eles virem algo contra ele, será julgado. Mas se não houver evidências criminais contra ele, ele será libertado", disse Dabbagh. Os governos britânico e iraquiano, no entanto, negam reiteradamente que esteja em curso uma troca de prisioneiros com o grupo Asaib Al Haq. Apesar disso, o xeque Jassim Al Saidi, dirigente do grupo xiita e responsável por seu setor cultural, disse que o primeiro-ministro Nuri Al Maliki já havia prometido aos militantes que Khazali seria libertado em breve. "Acreditamos que ele será liberado nos próximos dias (...). O primeiro-ministro nos prometeu que ele seria solto em breve", disse Saidi, acrescentando que aparentemente não há provas que justifiquem levar o suspeito a julgamento. A eventual libertação de Khazali reflete a delicada posição do Iraque, que recebe milhares de detentos das prisões militares dos EUA e luta para derrotar a insurgência e impor alguma estabilidade política. A libertação de Moore, programador de computador que trabalhava no Iraque no auge da violência sectária, causou euforia em Londres. Qais Al Khazali, que está na faixa dos 30 anos, é oriundo do sul do Iraque, majoritariamente xiita. Ele foi porta-voz do clérigo antiamericano Moqtada Al Sadr, com quem rompeu antes de formar a Asaib Al Haq (Ligas da Retidão).

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