
23 de dezembro de 2007 | 12h13
O governo saudita confirmou neste domingo, 23, a detenção de 28 supostos membros da Al-Qaeda que planejavam realizar atentados terroristas durante a peregrinação dos muçulmanos à cidade de Meca. Segundo um comunicado do Ministério do Interior, os detidos são quase todos sauditas, com exceção de uma pessoa, cuja nacionalidade não foi revelada, embora acredite-se que seja de um país árabe. As detenções ocorreram em diversas cidades sauditas, incluindo Meca e Medina. O comunicado divulgado pelo governo assegura que os detidos pertencem ao "grupo desviado" (termo com o qual costuma se referir à Al-Qaeda), e que "foram detidos no dia 5 do mês de Zul Hijja (do calendário islâmico)", que corresponde ao último dia 14, três dias antes do início da peregrinação. "Todos estão vinculados com elementos (terroristas) de fora do reino, e planejavam ações criminosas no interior do país", acrescenta a nota. O comunicado assinala ainda que alguns dos detidos foram capturados na capital saudita, Riad, e outros na fronteira do norte do país, sem precisar se era uma referência à região fronteiriça com o Iraque ou com a Jordânia. A Arábia Saudita acolheu durante os últimos sete dias cerca de três milhões de peregrinos de todos os cantos do mundo, que visitaram os locais mais venerados pelos muçulmanos. O anúncio das novas detenções ocorre três semanas após o desmantelamento de seis células terroristas integradas por 208 pessoas, que planejavam atentados suicidas contra instalações petrolíferas e centros oficiais e religiosos sauditas. O reino wahabita, berço do Islã e terra natal do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, intensificou desde 2003 a luta contra as células dessa rede terrorista, que realizaram inúmeros atentados e causaram a morte de dezenas de pessoas no país.
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