30 de janeiro de 2013 | 10h42
BEIRUTE - A ajuda internacional à Síria não está sendo distribuída de forma igualitária, e as áreas controladas pelo governo concentram toda a assistência recebida, em detrimento das zonas rebeldes, segundo a entidade Médicos Sem Fronteiras.Em nota divulgada na noite de terça-feira, a presidente do MSF, Marie-Pierre Allié, disse que "o atual sistema de ajuda é incapaz de tratar da piora nas condições de vida enfrentadas pelas pessoas dentro da Síria", e que "áreas sob controle do governo recebem quase toda a ajuda internacional, enquanto zonas dominadas pela oposição recebem apenas uma pequena parcela". A nota não esclarece qual seria o percentual da ajuda destinado a cada setor.
Mais de 60 mil pessoas já morreram em quase dois anos de violência na Síria, segundo a ONU. As forças do presidente Bashar Assad têm armamentos muito superiores aos rebeldes, e já arrasaram várias áreas oposicionistas com bombardeios aéreos e de artilharia.
O MSF disse que há escassez de abrigos, cobertores, combustíveis, farinha e leite em pó infantil. A nota acrescenta que serviços médicos extraoficiais são alvejados pelas forças governamentais.
As operações humanitárias são realizadas por organizações parceiras da ONU, principalmente o Crescente Vermelho Árabe da Síria, que tem estreitas ligações com o governo de Assad.
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