JERUSALÉM - Um bombardeio da Força Aérea de Israel destruiu instantaneamente nesta terça-feira, 11, um prédio de 13 andares na Faixa de Gaza usado pela liderança política do Hamas, grupo militante palestino que governa o enclave.
Em resposta, o Hamas lançou foguetes contra os arredores de Tel-Aviv , matando uma mulher e ferindo outras três. Com isso, três israelenses e 35 palestinos já morreram desde o início dos conflitos, na sexta-feira.
O ataque é o mais recente desdobramento no aumento da violência na região. Na resposta palestina, mais de 130 foguetes foram disparados na direção de Tel-Aviv. O Aeroporto Internacional David Ben Gurion chegou a fechar, mas foi reaberto.
A intensidade dos ataques levou ao isolamento de civis e ao acionamento do escudo antimísseis Domo de Ferro, que trabalhou intensamente.
Os confrontos, os mais graves dos últimos quatro anos, começaram na sexta-feira, quando manifestantes palestinos e a polícia de Israel entraram em confronto na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.
Pela manhã, o premiê Binyamin Netanyahu prometeu ampliar as respostas ao Hamas, depois das mortes no sul de Israel.
Tensão em Tel-Aviv
O bombardeio israelense deixou os arredores do prédio sem luz. Em resposta, o Hamas e a Jihad Islâmica lançaram foguetes contra Tel-Aviv, uma das principais cidades de Israel, mais ao norte.
Ainda assim, pedestres tiveram de se abrigar quando as sirenes tocaram. Um foguete acabou caindo no subúrbio de Holon, ferindo três pessoas. Decolagens no Aeroporto Internacional Ben Gurion foram suspensas.
"Cumprimos a nossa promessa", disse em comunicado a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do Hamas. "Lançamos 130 foguetes contra o inimigo
Em meio ao aumento da violência, o governo americano pediu calma a israelenses e palestinos.
Emergência em cidade árabe
Em meio à tensão no sul e no centro de Israel, o governo decretou estado de emergência na cidade de Lod, em meio a protestos de moradores contra o premiê Binyamin Netanyahu. Os protestos, que começaram em enclaves palestinos, se espalharam para as comunidades da minoria árabe que vive em Israel, depois que um adolescente morreu na segunda-feira. / AP, EFE, REUTERS E AFP