PUBLICIDADE

Ataque em acampamento de dissidentes iranianos no Iraque mata cinco

Atualização:

Pelo menos cinco pessoas morreram e 20 ficaram feridas durante um ataque de mísseis a um acampamento de dissidentes iranianos na capital do Iraque, Bagdá, na manhã deste sábado, de acordo com fontes da polícia. O grupo dissidente Mujahadin-e-Khalq (MEK) informou que seis pessoas, incluindo uma mulher, morreram depois que seu acampamento foi atingido por morteiros e mísseis, enquanto a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque informou que tinha conhecimento do número de mortes. O MEK pede a derrubada dos líderes religiosos do Irã e lutaram junto com as forças do ex-ditador sunita Saddam Hussein na guerra Irã-Iraque nos anos 80. Agora o grupo busca se reformular como uma força de oposição iraniana, mas não é mais bem-vindo no Iraque sob o governo liderado por muçulmanos xiitas, que chegaram ao poder depois que as forças lideradas pelos Estados Unidos invadiram o país e derrubaram Saddam em 2003. O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki depende muito do Irã xiita e conta com o apoio político de Teerã, em casa e em toda a região dominada pelos sunitas, onde ele tem poucos amigos. O ataque atingiu a base do grupo no antigo complexo militar americano "Camp Liberty" na parte oeste da capital, para onde a maior parte do grupo foi transferida pelas autoridades iraquianas no ano passado, de uma base que lhes fora dada por Saddam. "Cerca de 18 foguetes Katyusha caíram no acampamento, ao oeste de Bagdá, matando cinco pessoas e ferindo 42", disse um policial iraquiano no acampamento, falando em condição de anonimato. Fotos e filmes enviados pelo MEK para a Reuters mostram corpos ensanguentados em cima de mantas. Um porta-voz do grupo disse que não sabia ao certo quem está por trás do ataque, mas que um provável suspeito é a força Quds do Irã --uma unidade de elite da Guarda revolucionária, cujo foco especial são operações militares fora do país. O MEK, que foi formalmente retirado no ano passado da lista oficial de organizações terroristas do Departamento de Estado dos EUA, culpou ataques anteriores à força Quds. Também conhecida como Organização do Povo Mujahideen do Irã, o grupo liderou uma campanha de guerrilha contra o Xá do Irã, que era apoiado pelos EUA, nos anos 70, que também incluiu ataques a alvos norte-americanos. A ONU pretende inscrevê-los para receber status de refugiados em outros países, mas eles reclamaram que as condições em Camp Liberty são ruins e que eles não foram autorizados a levar muitos dos seus pertences pessoais.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.