GAZA - Ataques aéreos israelenses mataram dois militantes palestinos e um civil na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 12, no quarto dia seguido de hostilidades na fronteira entre Israel e o território palestino, afirmaram fontes médicas.
Veja também:Mapa: as fronteiras da guerra no Oriente Médio
O confronto mais recente seguiu um padrão conhecido, em que militantes lançam foguetes e Israel realiza ataques aéreos no enclave controlado pelo Hamas. O derramamento de sangue, porém, normalmente termina após alguns dias com uma trégua informal.
A liderança do grupo Hamas em Gaza, cuja força militar se manteve fora dos confrontos, afirmou no domingo que o país vizinho Egito trabalhava para acabar com a violência e consultava outros militantes. Mas o Hamas disse que Israel teria de parar com os ataques aéreos primeiro.
Uma autoridade palestina próxima à mediação disse à Reuters que Israel havia concordado com um cessar-fogo à meia noite. A Jihad Islâmica, uma facção apoiada pelo Irã que é responsável pela maioria dos ataques, rejeitou e intensificou os ataques durante a noite.O porta-voz do Exército israelense, general-brigadeiro Yoav Mordechai, disse que autoridades estavam em contato no Egito para discutir uma trégua. As forças israelenses, porém, continuarão atacando a Jihad Islâmica e que Israel considera o Hamas como responsável por tudo que aconteceu em Gaza, afirmou o general.
Um atirador da Jihad Islâmica foi morto nesta segunda-feira enquanto lançava um foguete do sul de Gaza, disse o grupo. Outro morreu e mais três ficaram feridos quando o veículo em que estavam foi atingido. O Hamas e autoridades do hospital disseram que um garoto de 15 anos foi morto em outro ataque aéreo nesta segunda-feira. Pelo menos 28 civis palestinos ficaram feridos nos vários incidentes.
Resposta
Ataques palestinos interromperam a vida normal no sul de Israel, forçando muitas escolas a fechar no domingo e nesta segunda-feira. Aeronaves israelenses sobrevoam Gaza desde sexta-feira, matando pelo menos 21 pessoas, incluindo dois civis. O Exército israelense não comentou imediatamente a morte do menino, mas disse que a força aérea havia atacado Gaza repetidamente durante a noite em resposta a mais de 20 lançamentos de foguetes. A Jihad Islâmica e os Comitês de Resistência Popular, grupos armados independentes, disseram que a maioria dos foguetes foi atirada em Israel desde sexta-feira. O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, previu em comunicado no domingo que ainda levará vários dias para o fim da violência, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o seu país atacará fortemente os militantes que lançarem foguetes contra suas cidades.