Ataques matam 13 no sul do Afeganistão

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Um homem-bomba e uma mina detonada por controle remoto mataram 13 pessoas nesta quarta-feira na província de Helmand, no sul do Afeganistão, onde as forças da Otan dizem ter conseguido melhorar a segurança desde o ano passado. Na tarde desta quarta-feira, o homem-bomba detonou explosivos amarrados ao seu corpo num mercado lotado no bairro de Kajaki, na província de Helmand, matando sete civis e dois policiais, e ferindo outros oito, segundo Daoud Ahmadi, porta-voz do governo provincial. Horas depois, uma mina matou um funcionário distrital de segurança e três outras pessoas na localidade de Nad Ali, disse à Reuters o chefe de polícia Marjan Akmal, sem entrar em detalhes. Ambos os ataques geram sérias preocupações sobre a segurança em uma das mais violentas províncias do país, a qual testemunhou intensos combates envolvendo forças dos EUA e seus aliados nos últimos anos. Até agora, ninguém assumiu a responsabilidade pelos atentados, que ocorrem semanas depois de uma oferta do Taliban para abrir um escritório político no Catar, como prelúdio de uma possível negociação de paz com os Estados Unidos e outras nações. Forças britânicas transferiram as tarefas de segurança do distrito de Kajaki aos fuzileiros navais dos Estados Unidos em junho de 2010, mas os britânicos continuam sendo a força predominante em Helmand, província que faz fronteira com Kandahar, berço do Taliban e seu principal reduto do sul afegão. Apesar da presença de mais de 100 mil soldados estrangeiros, a violência em todo o Afeganistão continua, segundo a Organização das Nações Unidas, no seu pior nível desde que o regime islâmico do Taliban foi derrubado pelos EUA e seus aliados, no final de 2001. As forças estrangeiras que enfrentam a insurgência islâmica, principalmente a do Taliban, está no processo de transferir as tarefas de segurança para o Exército e a polícia do Afeganistão. As tropas de combate estrangeiras devem sair completamente até o final de 2014. (Reportagem de Abdul Malik)

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