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Ataques suicidas contra xiitas matam ao menos 36 no Iraque

Atualização:

Um suicida explodiu um carro e matou ao menos 30 pessoas enquanto fiéis deixavam uma mesquita muçulmana xiita no norte do Iraque nesta sexta-feira, informou a polícia, no mesmo dia em que uma série de bombas na capital Bagdá matou seis peregrinos xiitas. Há uma semana, uma série de explosões do lado de fora de mesquitas xiitas em Bagdá matou 31 pessoas. Reuniões religiosas de xiitas são frequentes alvos de militantes sunitas islâmicos como a Al Qaeda, que consideram os xiitas como hereges. O ataque no norte do Iraque nesta sexta-feira ocorreu na cidade de Mosul, a 390 quilômetros a norte de Bagdá. Além dos mortos, ao menos 60 pessoas ficaram feridas e o número de óbitos pode aumentar, disse a polícia. A insurgência no Iraque tem diminuído nos últimos 18 meses, mas continua inflexível em Mosul e em outras regiões. Os insurgentes são capazes de se esconder em regiões remotas ao redor de Mosul, e exploram as fronteiras entre os árabes e os curdos. Tiroteios e explosões são reportados diariamente em Mosul. Em Bagdá, bombas à margem de estradas explodiram enquanto micro-ônibus levavam muçulmanos xiitas para casa vindos de peregrinações. Duas bombas explodiram dois micro-ônibus em diferentes incidentes no distrito empobrecido xiita de Sadr City. Três pessoas morreram e oito ficaram feridas numa das explosões, e uma morreu e sete ficaram feridas na outra. Uma outra bomba explodiu mais um ônibus na região leste de Badgá, matando duas pessoas e ferindo outras nove, informou uma fonte hospitalar. Centenas de milhares de peregrinos foram para a cidade sagrada de Kerbala, no Iraque, na quinta-feira para marcar o aniversário de Imam Mohammed al-Mehdi, uma figura como o messias que os xiitas acreditam ter desaparecido há séculos e que irá voltar para trazer a paz na Terra. O evento foi o segundo maior acontecimento religioso no Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas dos centros urbanos em 30 de junho, quando as forças de segurança do Iraque assumiram a segurança nas cidades. A peregrinação de quinta-feira e o último evento ocorreram pacificamente, mas os ataques insurgentes ainda são comuns, aumentando as dúvidas sobre a capacidade das forças de segurança do Iraque em operar independentemente. (Reportagem de Jamal al-Badrani)

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