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Atentados no Iraque matam 21 e ferem mais de 100

Atualização:

Bombas detonadas nesta quinta-feira em Bagdá e arredores mataram pelo menos 21 pessoas e feriram mais de 100, segundo fontes hospitalares e de segurança, como parte de um mês sangrento que desperta temores de um retorno do país a um conflito sectário. A tensão no Iraque é elevada desde dezembro, quando os Estados Unidos retiraram suas tropas do país. Crises políticas entre xiitas, sunitas e curdos agravam as preocupações. No pior incidente, pelo menos oito pessoas morreram e 30 ficaram feridas na explosão de uma bomba em um táxi estacionado na entrada de um mercado em Washash, bairro de Bagdá com maioria xiita, segundo a polícia. "Havia corpos espalhados por todo lado. Vidros e legumes cobriram todo o lugar", disse o policial Ahmed Nouri, que fazia uma patrulha nos arredores na hora do atentado. A maioria das vítimas era de vendedores que estavam expondo suas mercadorias no começo do dia, antes da chegada dos clientes. A violência no Iraque diminuiu sensivelmente desde o auge dos conflitos sectários de 2006-07, mas insurgentes continuam capazes de realizar ataques letais. Quase 200 pessoas foram mortas desde o começo de junho no país, em ataques que têm como alvo principalmente mesquitas e peregrinos xiitas. O incidente mais grave aconteceu em 13 de junho, quando mais de 70 pessoas foram mortas num ataque contra peregrinos xiitas. Adversários do primeiro-ministro Nuri al-Maliki o acusam de tentar consolidar o poder à custa dos outros grupos sectários. O líder xiita tem enfrentado a oposição de grupos sunitas, curdos e alguns xiitas que tentam organizar um voto parlamentar de desconfiança contra ele. Maliki disse na quarta-feira que irá convocar eleições antecipadas se outros partidos políticos se recusarem a negociar uma solução para um impasse no governo de unidade nacional, o que ameaça agravar ainda mais as tensões sectárias. (Por Kareem Raheem, com reportagem adicional de Fadhel al-Badrani, em Falluja, e de correspondente da Reuters em Baquba)

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