20 de novembro de 2012 | 13h51
A afirmação feita por Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), reforça a visão de muitos analistas de que o aumento da pressão econômica do Ocidente sobre o Irã não vem conseguindo fazê-lo mudar de curso.
Amano falou um dia antes do encontro de altos funcionários de seis potências mundiais em Bruxelas. Eles vão avaliar a estratégia para o Irã em meio a sinais de um renovado impulso para resolver a disputa diplomaticamente depois da reeleição do presidente dos EUA, Barack Obama.
Potências mundiais, que levaram a ONU a aprovar sanções ao Irã em 2006, estão preocupados se Israel pode tentar bombardear instalações nucleares iranianas sem uma resolução pacífica em um curto prazo.
Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais aumentaram as medidas punitivas ao Irã bruscamente neste ano para atingir as exportações vitais de petróleo do país, esperando que isso convença o Irã a, finalmente, voltar atrás no impasse que tem levantado temores de uma guerra.
Perguntado se as sanções haviam produzido qualquer efeito dissuasivo, Amano disse a jornalistas em Paris: "Estamos verificando as atividades nas instalações nucleares no Irã e não vemos qualquer efeito."
(Reportagem de Alexandria Sage e Fredrik Dahl)
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