PUBLICIDADE

Autoridade Palestina solicita reunião de emergência da Liga Árabe

Na reunião, serão discutidos os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza; No sábado, chanceleres de países árabes condenaram a ofensiva israelense

Atualização:

A Autoridade Palestina pediu uma reunião de emergência da Liga Árabe para discutir os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, informou a Liga no domingo. A Autoridade Palestina é governada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, cujo movimento secular Fatah foi expulso de Gaza há cinco anos pelo movimento islamista Hamas, que agora controla a localidade. Abbas, cujo governo fica na Cisjordândia, tem sido acusado por alguns palestinos de não ter reagido energicamente aos ataques aéreos de Israel contra Gaza. No sábado, chanceleres de países árabes condenaram a ofensiva israelense em Gaza e expressaram "descontentamento completo" com o fracasso do Conselho de Segurança da ONU em assegurar um cessar-fogo. A Liga Árabe estava discutindo com seus membros a solicitação palestina, de acordo com a agência de notícias estatal do Egito. Setenta e dois palestinos, entre eles 21 crianças e várias mulheres, foram mortos em Gaza desde o início da ofensiva israelense. Foguetes disparados de Gaza mataram três civis israelenses e mataram dezenas de outros. O chefe da Liga Árabe e um grupo de chanceleres árabes vão visitar a Faixa de Gaza na terça-feira, numa demonstração de solidariedade aos palestinos. Durante um encontro de emergência no sábado, o chanceler palestino, Riad Malki, pediu à Liga Árabe a realização de um encontro de emergência e solicitou apoio financeiro aos Estados árabes. Israel declarou os objetivos de acabar com o arsenal dos militantes de Gaza e de forçar o Hamas a parar de lançar foguetes contra cidades da fronteira do sul israelense. Os militantes palestinos durante anos miraram essas cidades, e agora ampliaram o alcance para locais mais distantes, como Tel Aviv e Jerusalém. O Exército israelense disse que 544 foguetes disparados de Gaza atingiriam Israel desde quarta-feira. Cerca de 300 foram interceptados e 99 não chegaram a Israel. (Reportagem de Ayman Samir)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.