
11 de março de 2010 | 10h21
Biden discursa na Universidade de Tel Aviv. Foto: Oliver Waiken/Efe
TEL AVIV - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a defender nesta quinta-feira, 11, um esforço para um acordo de paz entre israelenses e palestinos e reafirmou os laços inquebrantáveis entre seu país e o Estado judeu. Biden, no entanto, criticou a decisão israelense de construir 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental, o que levou os palestinos a cancelar o diálogo indireto proposto no começo da semana.
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Em discurso na Universidade de Tel Aviv, o vice de Obama afirmou que tanto ele como o presidente sabem que seu país não tem "melhor amigo na comunidade internacional que Israel". Biden destacou no entanto que "só um amigo pode dizer as verdades mais dolorosas" a outro e que a perpetuação do conflito no Oriente Médio é "insustentável" e guarda consequências "inimagináveis".
"O status quo não é sustentável", afirmou o vice-presidente americano, que arrancou aplausos da plateia ao voltar a criticar Israel pelo anúncio da construção de 1.600 novas casas em território palestino justo quando chegava à região para relançar as negociações de paz indiretas entre as partes em conflito.
Biden não comentou a decisão dos palestinos de cancelar o diálogo indireto até que o projeto para a ampliação de uma colônia em Jerusalém Oriental seja anulado.
Em um tom de proximidade e, às vezes, paternalista, o vice de Barack Obama disse aos israelenses que "o ciclo (de violência) deve ser quebrado", já que "não é segredo que as realidades demográficas põem em risco um lar judeu democrático à revelia de um Estado palestino".
"Vocês não têm mais escolha, a não ser se prepararem para o futuro", afirmou, dizendo que "a paz é uma oportunidade que é preciso agarrar".
"O mais importante destas conversas é que elas avancem com rapidez e sejam de boa-fé. Não podemos adiar os avanços porque, quando isso acontece, os extremistas aproveitam nossas diferenças", argumentou Biden, que ainda hoje se reúne com o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak.
O visitante também deixou claro que a Casa Branca responsabilizará por igual qualquer um que promover ações capazes de atrapalhar as negociações.
Com informações da Efe
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