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Bloqueio de Israel a Gaza pode ser aliviado nos próximos dias, diz Blair

Ex-premiê britânico afirma que restrições de envio de itens básicos podem ser revistas

Atualização:

LONDRES - O ex-primeiro ministro do Reino Unido Tony Blair disse nesta segunda-feira, 14, estar esperançoso quanto a um abrandamento "significante" do bloqueio que Israel impõe a Gaza, segundo informações do jornal britânico The Guardian.

 

 

Blair, enviado do Quarteto para o Oriente Médio - formado pela Organização das Nações Unidas (ONU), pela União Europeia, pelos EUA e pela Rússia, disse que não enxerga nenhuma projeção sobre o fim do bloqueio israelense. O ex-premiê, porém, afirmou ser possível uma revisão da lista de itens que o Estado judeu permite serem levados ao território palestino para suprir mais necessidades do habitantes da região.

 

Segundo ele, mudanças podem acontecer nos próximos dias. "Embora o bloqueio continuará vigente no que diz respeito a armas e materiais de combate, itens básicos de necessidades diárias são objeto de discussão", disse Blair à rádio da rede BBC.

 

O ex-premiê disse esperar também uma participação mais significativa da União Europeia e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) na questão como "monitores da entrada de itens". "A ideia seria fazer mudanças significantes onde o bloqueio continua para itens que sejam uma ameaça à segurança de Israel, mas itens básicos seriam aceitos", detalhou.

 

Blair estará em Luxemburgo nesta segunda para um encontro com ministros de Exteriores dos países da União Europeia, que será chefiado pela chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton. Um rascunho da declaração do bloco sobre a questão divulgado antes do encontro considera o bloqueio a Gaza "inaceitável e contraproducente".

 

Cruz Vermelha

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O bloqueio a Gaza ganhou novamente a atenção da mídia internacional depois de Israel atacar uma frota que levava ajuda humanitária ao território palestino, episódio que deixou nove mortos e gerou grande reação da comunidade internacional, principalmente dos países árabes e islâmicos.

 

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha pediu nesta quarta que o bloqueio fosse encerrado, alegando que a medida viola as convenções de Genebra. O grupo também pediu que o partido militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, liberte o soldado israelense Gilad Shalit, preso há quatro anos.

 

"Toda a população civil de gaza está sendo punida por atos pelos quais ela não tem responsabilidade. O bloqueio constitui uma punição coletiva em uma clara violação das obrigações de Israel ante as leis internacionais", diz o órgão.

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