Bombardeio israelense mata 19 palestinos em escola da ONU em Gaza

Forças militares de Israel afirmam que militantes perto do local atacaram bombas e então foram obrigados a revidar

PUBLICIDADE

Atualização:
O diretor da Unrwa, Khalil al-Halabi, disse que cerca de 3.000 palestinos estavam refugiados na escola Foto: Mohammed Salem/Reuters

(Atualizada às 09h30) GAZA - Bombardeios israelenses atingiram nesta quarta-feira, 30, uma escola administrada pela Organização das Nações Unidas em um campo de refugiados da Faixa de Gaza, matando pelo menos 19 pessoas e ferindo outras 125 que se refugiavam no local, disse o porta-voz do Ministério da Saúde no território palestino, Ashraf Al Qedra. Segundo um funcionário da ONU, cinco projéteis foram lançados por tanques e acertaram o local. O sangue se espalhava pelo chão e os colchões dentro das salas de aula enquanto alguns sobreviventes vasculhavam montes de vidros estilhaçados e destroços em busca de corpos para enterrarem. Qedra disse que famílias tinham se refugiado na escola depois de serem obrigadas a sair de suas casas pelos bombardeios israelenses das últimas três semanas. Uma porta-voz militar israelense em Tel-Aviv disse não ter informações sobre o que aconteceu na escola, que pertence à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (Unrwa). O diretor da Unrwa, Khalil al-Halabi, disse que cerca de 3 mil palestinos estavam refugiados no local, que fica no campo de refugiados de Jabaliya, quando ocorreram os ataques na madrugada. Os militares israelenses, em uma primeira resposta ao caso, disseram que militantes próximos à escola atiraram bombas de morteiro e as forças israelenses foram obrigadas a revidar. "Mais cedo nesta manhã, militantes atiraram projéteis de morteiros contra soldados (israelenses) a partir dos arredores da escola da Unrwa em Jabaliya. Em resposta, os soldados atiraram em direção à origem dos disparos e nós ainda estamos analisando o incidente", disse a porta-voz. /EFE e REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.