Casa Branca critica Israel por planos de novos assentamentos

PUBLICIDADE

Atualização:

A Casa Branca lamentou nesta sexta-feira os planos israelenses de construir novos assentamentos antes de cogitar um congelamento, classificando a medida como contraproducente aos esforços para relançar as negociações de paz no Oriente Médio. Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, respondeu depois que os planos do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foram anunciados. O presidente Barack Obama vem pressionando Israel a suspender a construção dos assentamentos, um grande obstáculo nas emperradas conversas de paz entre israelenses e palestinos, para poder anunciar a retomada das negociações no final do mês. "Lamentamos os relatos dos planos de Israel para aprovar a construção adicional de assentamentos", disse Gibbs, chamando o ato de inconsistente com o comprometimento de Israel com um plano de paz. "Como o presidente já disse, os EUA não aceitam a legitimidade da contínua expansão dos assentamentos e conclamamos sua interrupção. Estamos trabalhando para criar um clima no qual as negociações possam acontecer, e essas ações tornam mais difícil criar esse clima", disse. O governo Obama vem cogitando a possibilidade de um encontro em Nova York no final do mês entre o presidente norte-americano, Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se houver progresso suficiente na retomada das conversas de paz. Gibbs disse que os EUA valorizam a intenção manifesta de Israel de estabelecer limites à atividade nos assentamentos e vão continuar a discutir o assunto com os israelenses "agora que esses limites estão definidos". Ele disse que o objetivo dos EUA é uma solução de dois Estados, onde palestinos e israelenses vivam lado a lado em paz. "Nosso propósito continua sendo retomar as negociações relevantes o mais cedo possível com esse objetivo. Estamos trabalhando com todos os envolvidos -- israelenses, palestinos e Estados árabes -- nos passos que devem tomar para atingir essa meta". (Reportagem de Steve Holland)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.