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Manifestantes israelenses vão às ruas de Tel Aviv exigir a renúncia de Netanyahu

Primeiro-ministro de Israel enfrenta acusações de fraude, suborno e tráfico de influência

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Por Redação
Atualização:

Centenas de manifestantes neste sábado, 2, foram às ruas de Tel Aviv, capital de Israel, para exigir a renúncia do primeiro-ministro do país, Benjamín Netanyahu, que enfrenta denúncias de corrupção. Forças de segurança chegaram a separar os integrantes do protesto e ativistas que apoiam o chefe de Estado israelense. 

Forças de segurança separam manifestantes que pedem a renúncia deNetanyahu e defensores do primeiro-ministro Foto: JACK GUEZ / AFP

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Na última quinta-feira, o procurador-geral de Israel, Avijai Mandelblit, anunciou a intenção dele de denunciar Netanyahu por suborno, fraude e tráfico de influência. O primeiro-ministro foi alvo de palavras de ordem durante o protesto. 

"Netanyahu, Israel está envergonhado", dizia frase projetada na fachada de um edifício. "Corrupto, volte para casa" e "apenas corruptos temem os tribunais" foram gritados pelos manifestantes. "Netanyahu deveria ter aberto o último discurso dele com duas palavras: 'Eu renuncio'", afirmou a deputada Michal Rozin, do partido esquerdista Meretz.

A marcha partiu de Praça Habima, como acontece há cerca de um ano, quando protestos contra o governo começaram a ser organizados por causa das denúncias de corrupção contra Netanyahu. Os manifestantes caminharam até a sede do partido do primeiro-ministro, o Likud, de viés direitista.

De acordo com a procuradoria-geral, há indícios suficientes no chamado "Caso 4000", para denunciar Netanyahu. O primeiro-ministro levantou suspeitas por, supostamente, conceder benefícios à empresa de comunicação Bezeq em troca de uma cobertura positiva do governo. 

Em outros processos, Netanyahu é acusado de fraude e tráfico de influência, por supostos presentes recebidos de empresários milionários em troca de favores políticos, além de pagamento destinado ao jornal Yediot Aharonot, também para receber uma cobertura positiva do governo. As eleições em Israel estão marcadas para 9 de abril e é possível que o escândalo tenha influência no desempenho do Likud no pleito./EFE

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