17 de maio de 2011 | 11h00
BENGHAZI - O presidente da poderosa National Oil Corporation (NOC), a estatal de petróleo da Líbia, abandou seu cargo e desertou do governo de Muamar Kadafi, disseram nesta terça-feira, 17, rebeldes que lutam para encerrar os 41 anos do líder no poder.
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"Até onde sabemos ele deixou o cargo, é o que soubemos nas últimas 24 horas", disse à Reuters Ali Tarhouni, ministro das Finanças e do Petróleo dos rebelde, durante uma visita a Doha, acrescentando não saber onde Ghanem está.
Tarhouni também disse que espera representar a Líbia em uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em junho.
Os rebeldes e a mídia árabe já tinham relatado anteriormente a saída de Ghanem do posto, mas naquela ocasião ele reapareceu e disse estar no cargo e trabalhando como sempre.
A deserção, se confirmada, seria um golpe no governo de Kadafi, que combate um levante de três meses de insurgentes que tomaram Benghazi e o leste produtor de petróleo do país norte-africano com apoio dos bombardeios da Otan.
Para piorar a situação do líder, o promotor do Tribunal Penal Internacional pediu na segunda-feira um mandato de prisão para Kadafi, acusando-o de matar manifestantes.
Luis Moreno-Ocampo também solicitou aos juízes a prisão de Saif al-Islam, filho de Kadafi, e de Abdullah al-Senussi, seu cunhado e chefe da espionagem. Agora os juízes precisam determinar se há provas suficientes para emitir os mandatos.
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