China está disposta a discutir rodada de sanções contra o Irã, dizem EUA

Resolução do Conselho de Segurança da ONU será 'a mais forte possível', segundo embaixadora

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Atualização:

Efe

e Reuters

 

WASHINGTON- A China finalmente concordou nesta quarta-feira, 31, em discutir e negociar uma nova rodada de sanções contra o Irã com seus sócios do Conselho de Segurança da ONU devido ao programa nuclear do país, após meses de reticências e declarações a favor da via diplomática.

 

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"A China cedeu em se sentar e começar negociações sérias em Nova York", disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, ao canal CNN.

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"Isso é um progresso, mesmo que as negociações ainda tenham que ser iniciadas", afirmou, para acrescentar que as discussões serão "duras" porque o objetivo é alcançar uma resolução "o mais forte possível".

 

Com esta mudança de posição de Pequim, anunciada após a teleconferência do Grupo dos Seis (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), as potências poderão começar a esboçar nos próximos dias o rascunho da resolução.

 

Os Estados Unidos estão há semanas consultando seus aliados sobre a mensagem do texto, mas a China

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havia se negado a falar de novas sanções quando outros membros dos seis queriam discutir o assunto em uma teleconferência anterior, segundo o canal

ABC

.

 

A Rússia também havia se mostrado reticente inicialmente, mas Washington garante que Moscou apoia uma quarta rodada de restrições contra Teerã, a qual deve se centrar, na opinião dos EUA, na Guarda Revolucionária e nas entidades e grupos que a controlam. 

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Na segunda, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse em uma reunião dos chanceleres do G-8 que acreditava que a China participaria na adoção de novas sanções ao Irã.

 

O presidente Barack Obama, por sua vez, garantiu na terça durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que espera que as novas restrições estejam prontas "em semanas".

 

Viagem

 

O negociador iraniano para questões nucleares, Saeed Jalili, viajará à China na quinta-feira, 1º, para discutir com o governo que terá um papel importante na decisão sobre se a República Islâmica enfrentará uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU por seu programa nuclear.

Jalili foi convidado por Dai Bingguo, um diplomata chinês que trabalha como conselheiro de Estado para políticas exteriores, informou a agência estatal chinesa Xinhua, citando a televisão iraniana.

Sua visita acontece em meio à pressão dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais para convencer a China a aprovar uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, acusado pelo Ocidente de querer construir armas atômicas.

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