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China se isolará se não apoiar sanções ao Irã, diz diplomata

Embaixador britânico em Pequim afirma que chineses serão prejudicados com proliferação nuclear na região

Por Reuters
Atualização:

A China corre o risco de se isolar caso não apoie as sanções do Conselho de Segurança contra o Irã por conta do polêmico programa nuclear deste país, disse nesta sexta-feira, 12, o embaixador do Reino Unido em Pequim.

 

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"Não está nos interesses da China ficar isolada dos membros do Conselho de Segurança. Isso desgastaria o país internacionalmente", disse Sebastian Wood, dizendo que britânicos e chineses têm os mesmos objetivos para prevenir que o Irã produza armas nucleares. A declaração do embaixador ocorre antes da visita do secretário de Exteriores David Miliband a Pequim.

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"A China enfatizou a necessidade por um melhor engajamento e diplomacia e quer ver a situação resolvida em breve. Já usamos diferentes táticas nos últimos tempos, mas é uma discussão fluente. A China pode ser muito prejudicada com a proliferação nuclear em uma região instável", completou o diplomata.

 

Os recentes anúncios do Irã de que incrementaria seu programa nuclear alertou os membros do Conselho de Segurança, do qual faze parte EUA, Reino Unido, França, China e Rússia. O grupo, que ainda conta com a participação da Alemanha, negocia com os iranianos a troca de material nuclear seguro, mas pode optar pelas sanções caso o país continue sem cooperar transparentemente com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

 

As potências ocidentais acusam o Irã de manter o programa nuclear para fabricar armas de destruição em massa. Teerã, entretanto, alega que o processo de enriquecimento de urânio tem fins pacíficos.

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