12 de janeiro de 2010 | 09h42
A explosão que vitimou o professor Massoud Ali-Mohammadi ocorre num momento de forte tensão no país, sete meses depois da polêmica eleição presidencial que mergulhou o Irã na sua pior crise interna em 30 anos.
Coincide também com um momento delicado na disputa do Irã com o Ocidente por causa do seu programa nuclear. Grandes potências devem se reunir no sábado em Nova York para discutir a adoção de novas sanções ao Irã por causa da sua recusa em suspender as atividades de enriquecimento de urânio.
"Na investigação inicial, sinais do triângulo da maldade, pelo regime sionista, a América e seus agentes contratados, são visíveis no ato terrorista", disse o porta-voz do Ministério do Exterior segundo a emissora estatal IRIB.Atentados a bomba são raros na capital iraniana.
A IRIB disse que dois carros e uma moto foram seriamente danificados e as janelas de unidades residenciais foram estilhaçadas.
A emissora se refere a Ali-Mohammadi como "um cientista nuclear e um professor comprometido e revolucionário da Universidade de Teerã".
Governos ocidentais acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, e a ONU já impôs três pacotes de sanções ao país por causa disso, apesar da insistência de Teerã em afirmar que o programa se destina à geração de eletricidade e pesquisas para fins civis.
O promotor-chefe de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, disse à agência semioficial de notícias Fars que até agora ninguém foi preso pelo atentado.
Em junho, um pesquisador universitário chamado Shahram Amiri, que trabalhava para a Organização de Energia Atômica do Irã, desapareceu durante uma peregrinação a Meca. Em dezembro, Teerã acusou a Arábia Saudita de ter entregado Amiri aos Estados Unidos.
A agência oficial de notícias Irna disse que não está claro quantas pessoas morreram no atentado de terça-feira, sugerindo que pode haver outras vítimas fatais. A Fars disse que houve dois feridos leves.
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