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Combatentes e forças leais a Saleh saem de Sanaa, no Iêmen

Por KHALED ABDULLAH E MOHAMMED MUKHASHAF
Atualização:

Forças leais ao presidente deposto Ali Abdullah Saleh e seus opositores, se retiraram da capital Sanaa no sábado, disseram testemunhas e autoridades, em mais um sinal que o acordo de paz assinado no mês passado está sendo implementado. No sul do Iêmen, dois soldados do governo foram mortos em confrontos com militantes islâmicos, segundo informações de fontes médicas, quando insurgentes ligados à al-Qaeda desafiaram o acordo de paz, destinado a evitar que uma guerra civil se instale no país. Testemunhas disseram que um comitê militar montado a partir da assinatura do acordo de paz do Golfo, assinado na Arábia Saudita no mês passado, supervisionou a desmontagem das posições militares que têm dividido a capital, desde janeiro, quando começaram os protestos contra o governo de 33 anos de Saleh. Elas disseram que tratores blindados removeram barricadas da Sixty Street (Rua Sessenta) que dividia a capital em duas partes: o norte, controlado pelos dissidentes e o sul, controlado por Saleh, sob supervisão militar. Caminhões militares foram vistos levando veículos blindados da base de uma brigada liderada pelo general dissidente Ali Mohsen, para fora de Sanaa. Um porta-voz do comitê disse a agência de notícias estatal Saba que o primeiro dia de retirada das posições militares transcorreu tranquilamente. No lado oriental da cidade, soldados da Guarda Republicana, liderados pelo filho de Saleh, Ahmed, também abandonaram suas posições. "Mas combatentes tribais da tribo al-Ahmar, ainda estão lá, cercados por paramilitares da Força de Segurança Central," disse um morador. As forças leais a Saleh travaram batalhas terríveis com combatentes do líder tribal Sadeq al-Ahmar nos distritos de al-Hasaba e Soufan em Sanaa, onde novas explosões foram ouvidas no sábado de manhã. Não houve relatos de vítimas. Desde que Saleh passou o poder ao seu vice, Abd-Rabbu Mansour Hadi, depois do acordo do Golfo, um novo governo iemenita, liderado por um líder da oposição, foi formado e uma eleição presidencial antecipada está marcada para fevereiro. Hadi também formou um comitê militar que supervisionou o cessar-fogo na cidade de Taiz e supervisionou a retirada de combatentes rebeldes e forças do governo.

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