Confronto entre palestinos mata 1 na Cisjordânia

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Por HAITHAM TAMIMI
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Um manifestante palestino foi morto na terça-feira durante um protesto contra a conferência de paz que ocorre nos EUA. Houve confronto entre as forças de segurança, leais ao presidente Mahmoud Abbas, e a oposição islâmica, que o qualifica de traidor. Fontes hospitalares disseram que um homem de 35 anos morreu em Hebron depois de ser baleado no peito, e que 16 outras pessoas ficaram feridas. Manifestantes disseram que um policial palestino fez os disparos durante a manifestação em Hebron, uma das várias organizadas em toda a Cisjordânia por um pequeno grupo islâmico contrário à possível retomada do processo de paz com Israel. A polícia negou que os agentes tenham sido responsáveis pela morte. Em Gaza, controlada desde junho pelo grupo islâmico Hamas, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas gritando "Morte a Israel, morte à América" e chamando Abbas de "traidor" por aceitar a existência do Estado judeu e a possibilidade de criar um Estado palestino apenas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Abbas, o premiê de Israel, Ehud Olmert, e o presidente dos EUA, George W. Bush, prometeram na terça-feira iniciar imediatamente um processo de paz destinado a chegar a um acordo até o final de 2008. Para o Hamas, tal processo é "perda de tempo". A vitória do Hamas nas eleições parlamentares de 2006, seu controle sobre Gaza e a presença de uma oposição substancial à facção laica Fatah, de Abbas, até mesmo na Cisjordânia são algumas das razões citadas para colocar em dúvida o processo de paz. "Eles podem ir a mil conferências, dizemos em nome do povo palestino que não autorizamos ninguém a assinar nenhum acordo que abale nossos direitos", disse Mahmoud Al Zahar, líder do Hamas, à maior das manifestações, em Gaza. (Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi em Gaza, Ali Sawafta em Ramallah, Atef Sa'ed em Nablus e Joseph Nasr em Jerusalém)

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