Confronto marca ato da ultradireita de Israel em cidade árabe

Polícia e manifestantes se enfrentam durante marcha pela 'lealdade' de árabe-israelenses ao Estado judeu

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Por Agências internacionais
Atualização:

A polícia de Israel usou jatos de água e gás lacrimogêneo para dispersar um confronto violento entre ativistas israelenses de direita e árabes-israelenses durante uma manifestação de extrema-direita em uma cidade árabe no norte de Israel. A marcha, convocada e liderada por Michael Ben Ari, deputado do partido de extrema-direita União Nacional, tinha como objetivo exigir a lealdade dos árabe-israelenses (palestinos que ficaram em Israel após o nascimento do Estado judeu, em 1948) ao Estado judeu. Os árabe-israelenses são cerca de 20% da população do país.

 

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A polícia reforçou a segurança na cidade e seus arredores com cerca de 2,5 mil agentes que controlaram as estradas da Galileia e a chegada a Um al-Fahm tanto dos manifestantes quanto dos ativistas da esquerda israelense que foram apoiar a contramanifestação dos residentes. Os minifestantes tentaram impedir a passagem dos ultradireitistas e lhes receberam com gritos, e jogando sapatos e pedras.

 

Entre os feridos, está o deputado Ilan Ghilon, do partido pacifista Meretz, que inalou gás lacrimogêneo, e o subdelegado da polícia Shahar Ayalon, que foi atingido e sofreu ferimentos leves. As escolas, negócios e repartições públicas de Um al-Fahm não abriram suas portas nesta terça, em seguimento de uma greve geral convocada em protesto contra a autorização da marcha.

 

"Cerca de 100 pessoas participaram da marcha nos arredores da localidade de Um al-Fahm e, quando acabou, vários residentes árabes jogaram pedras contra os manifestantes e a polícia, que os dispersou com um uso mínimo de força, com gás lacrimogêneo ou bombas de efeito moral", disse o porta-voz policial israelense, Miki Rosenfeld. "Vários policiais e manifestantes dos dois lados ficaram levemente feridos nos enfrentamentos", acrescentou.

 

O porta-voz lembrou que a manifestação de extrema-direita ocorreu "seguindo o ditame do Tribunal Superior de Justiça", que aprovou sua realização, sempre que se desenvolvesse fora dos bairros residenciais.

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