24 de março de 2011 | 10h43
O fórum de 47 membros sediado em Genebra passou a resolução por 22 votos a favor, 7 contra e 14 abstenções, anunciou seu presidente, o embaixador tailandês Sihasak Phuangketkeow.
O conselho verbalizou a preocupação com a repressão iraniana de figuras da oposição e com a aplicação crescente da pena de morte, e conclamou a República Islâmica a cooperar com o enviado das Nações Unidas a ser nomeado para o posto independente.
"Os Estados Unidos e outros parceiros estão gravemente preocupados com a situação no Irã, onde o respeito pelos direitos humanos se deteriorou dramaticamente nos últimos anos", disse a embaixadora da ONU para os direitos humanos, Eileen Donahoe, em um discurso antes da votação.
O secretário-geral das Nações Unidos, Ban Ki-Moon, disse no início do mês que o Irã intensificou a repressão sobre opositores e as execuções de traficantes de drogas, prisioneiros políticos e criminosos juvenis.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu em um discurso ao Conselho no mês passado -- alguns dias depois de Washington impor novas sanções ao Irã por suas atividades nucleares -- a criação do posto de investigador de direitos humanos da ONU.
O organismo que antecedeu o Conselho, a Comissão de Direitos Humanos, teve relatores especiais no Irã entre 1984 e 2002. Mas o país não cooperou com o escritório de direitos humanos da ONU de forma significativa desde então, disseram autoridades e diplomatas das Nações Unidas.
(Reportagem de Stephanie Nebehay)
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