Culpados por protestos no Irã não terão perdão, diz Khamenei

Para aiatolá, revoltas representaram um teste político superado "graças ao grande potencial do país"

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Por Efe
Atualização:

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, insistiu nesta segunda-feira, 31, que não haverá misericórdia para os culpados dos incidentes ocorridos após as últimas eleições. Khamenei voltou a ressaltar que se ficar demonstrado que alguém cometeu um delito "deverá enfrentar a Justiça e será tratado como merece".

 

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Em discurso transmitido pela rádio nacional, a máxima autoridade iraniana ressaltou também que a revolta pós-eleitoral representou "um teste político" que o país superou graças a seu grande potencial. "Todos aqueles envolvidos nos últimos eventos devem saber que a República Islâmica não pensa em perdoar os culpados, tal como não perdoou àqueles que se opuseram ao Estado em 1979", declarou.

 

Segundo números oficiais, 30 pessoas morreram e mais de quatro mil foram presas durante os protestos que explodiram após a polêmica reeleição do presidente, Mahmoud Ahmadinejad. A oposição, que denunciou uma fraude maciça, contabiliza 69 mortos e milhares de detidos.

 

Além disso, o candidato reformista derrotado Mehdi Karroubi denunciou abusos sexuais e torturas a alguns dos detidos após o pleito do dia 12 de junho. No discurso, Khamenei reiterou também que os distúrbios foram inesperados, embora tenham sido orquestrados com antecedência.

 

"Levando em conta a missão que a República Islâmica tem, e as liberdades que existe em seu marco, não se esperava este tipo de eventos", ressaltou. Os professores universitários, para quem era dirigido o discurso, têm agora, segundo o líder, uma importante responsabilidade na hora de enfrentar esta "revolução de veludo".

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