
24 de fevereiro de 2010 | 10h31
A polícia de Dubai disse nesta quarta-feira, 24, ter descoberto mais 15 suspeitos de envolvimento com o assassinato de Mahmoud al-Mabhouh, um alto líder do grupo palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza, no dia 20 de janeiro, segundo a agência BBC.
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Segundo os oficiais, seis dos novos suspeitos têm documentos britânicos, três, irlandeses e outros três australianos. Vários deles usaram cartões de crédito de um mesmo banco.
A União Europeia pediu esclarecimentos ao governo Israel, principal acusado pelo episódio, pelo fato de vários dos supostos assassinos terem usado passaportes europeus para entrar nos Emirados Árabes e se aproximarem de al-Mabhouh. O Hamas acusa o Mossad, serviço secreto israelense, de ser o responsável pelo caso e jurou vingança.
"A UE condena firmemente o fato de os envolvidos na ação terem usado passaportes e cartões de crédito de Estados-membros da UE", assinalava o texto dos ministros europeus divulgado na segunda-feira. As autoridades de Dubai até então haviam identificado 11 suspeitos do assassinato de Mabhouh. Eles viajaram para o emirado com passaportes de Reino Unido, Irlanda, França e Alemanha.
Na terça-feira, a líder da oposição no Parlamento de Israel, Tzipi Livni, elogiou o assassinato de um comandante do Hamas e discursou durante uma conferência em Jerusalém. "O fato de que um terrorista tenha sido morto, e não importa se isso aconteceu em Dubai ou em Gaza, é uma boa notícia para aqueles que lutam contra o terrorismo", disse.
Este foi o primeiro comentário feito por uma autoridade israelense. Livni, do partido centrista Kadima, disse que a morte de Mahmoud al-Mabhouh foi "boa", mas não disse quem estava por trás do assassinato. Livni já foi ministra de Relações Exteriores e trabalhou para o Mossad (serviço secreto israelense) nos anos 1980.
(Com agências Reuters e Associated Press)
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