
20 de novembro de 2007 | 11h26
Líderes libaneses irão adiar a votação parlamentar para eleger um novo presidente até esta sexta-feira, 230 para dar aos políticos mais tempo para um acordo por um sucessor de Emile Lahoud, cujo mandato no final da semana, disse uma fonte política. O Parlamento deveria se reunir na quarta-feira para escolher o novo chefe de governo. O impasse para obter a maioria de dois terços necessária para eleger um presidente na primeira votação reflete as profundas divisões entre facções que querem alinhar o país com o Ocidente e aquelas que favorecem relações com a Síria e o Irã. O pleito é visto como um passo vital para resolver a crise envolvendo a maioria governista anti-Síria contra a oposição, liderada pelo grupo Hezbollah, aliado dos sírios. O Exército é uma das poucas instituições do Estado que tem funcionado efetivamente durante o conflito político que paralisou o governo libanês. Muitos temem que a divisão envolvendo a presidência leve à formação de dois governos rivais, uma arrepiante lembrança dos últimos dois anos da guerra civil de 1975 a 1990, quando unidades rivais do exército leais a administrações diferentes se enfrentaram nas ruas. O mandato do presidente pró-síria Emile Lahoud expira em 23 de novembro, e partidários do primeiro-ministro pró-EUA, Fuad Siniora, vêm a eleição como uma oportunidade para colocar um dos seus no cargo. Se não for eleito um candidato até a saída de Lahoud, Saniora e seu gabinete assumirão automaticamente poderes executivos. Se isso ocorrer, a oposição diz que Lahoud apontará um segundo governo, a que pode rachar o país.
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