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Enviado dos EUA não convence palestinos a iniciar diálogo direto

George Mitchell disse que continuará esforços para negociações diretas entre Israel e ANP

Por AP
Atualização:

RAMALLAH- O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell não conseguiu nesta terça-feira, 10, convencer os palestinos a iniciar negociações diretas com Israel, apesar das pressões do governo americano para que o diálogo direto começasse em setembro.

 

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Após uma reunião de três horas com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, Mitchell afirmou que iria continuar seus esforços e retornar à região em breve, e se referiu a "dificuldades e obstáculos" dos dois lados para o início imediato de conversações diretas.

 

Abbas já disse que antes quer ver progressos nas negociações indiretas que ocorrem sob mediação norte-americana, especialmente no que diz respeito à paralisação, por Israel, de obras em assentamentos judaicos estabelecidos na Cisjordânia ocupada.

 

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, por sua vez, diz recusar-se a atender a condições para ingressar no diálogo. Ele declara aceitar a criação de um Estado palestino, mas "sob algumas condições", e assegura que não abrirá mão de Jerusalém Oriental, um dos principais entraves para um eventual acordo. Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam Jerusalém como capital. A cidade - sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos - foi ocupada por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.

 

Mitchell ainda se encontrará com Netanyahu e com o ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, antes de retornar a Washington.

 

Negociações diretas entre Abbas e o predecessor de Netanyahu, Ehud Olmert, foram congeladas em 2008, após a ofensiva israelense em Gaza. Desde maio, Mitchell tem se encontrado em separado com os líderes israelense e palestino, mas fez poucos progressos.

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Segundo oficiais palestinos, Abbas apresentou posições detalhadas sobre questões chave para o início do diálogo direto, mas Netanyahu respondeu que só irá começar a discuti-las quando as negociações diretas começarem.

 

Recentemente, o governo dos EUA têm feito intensa pressão para o início das negociações diretas. Mitchell disse a Abbas que o presidente Barack Obama só poderia ajudar os palestinos caso o diálogo direto começasse.

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