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EUA confirmam autenticidade de vídeo que mostra assassinatos no Iraque

Soldados americanos atiraram em 11 homens nas ruas de Bagdá em 2007, alguns deles não armados

Atualização:

Efe e Associated Press

 

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WASHINGTON- O Exército americano confirmou nesta segunda-feira, 5, a autenticidade de um vídeo que mostra soldados das forças americanos atirando seguidamente em um grupo de homens, alguns deles desarmados, quando andavam em uma rua de Badgá em 2007.

 

Um oficial dos EUA confirmou que o vídeo postado no wikileaks.org é de 12 de julho de 2007, gravado no distrito de Nova Bagdá, no leste da capital iraquiana.

 

Na ocasião, o Exército dos Estados Unidos matou 11 iraquianos, entre os quais havia um fotógrafo e um motorista que trabalhavam para a agência de notícias Reuters.

 

O vídeo, apresentado hoje em Washington e intitulado "Assassinato Colateral", descreve também o resgate das vítimas, entre elas duas crianças feridas.

 

No dia seguinte ao ataque, o Exército americano explicava a morte dos funcionários da agência como parte de um confronto entre suas tropas e insurgentes.

 

Um porta-voz militar disse ao jornal The New York Times que "não há dúvida que as forças de coalizão estavam claramente em meio a operações de combate contra uma força hostil".

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A agência Reuters exigiu sem sucesso uma investigação das circunstâncias e a obtenção do material audiovisual apelando para a Lei de Liberdade de Imprensa.

 

Como resposta, o Exército americano concluiu que as ações dos soldado estavam de acordo com a lei em conflitos armados e com a normativa americana sobre quando, onde e como a força deve ser usada.

 

No vídeo, é possível ouvir os militares comemorarem as mortes ao grito de "olha esses bastardos mortos" e outro suplicar por permissão par atirar contra um homem.

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