WASHINGTON - Os Estados Unidos colocarão os Guardiães da Revolução do Irã na lista de organizações "terroristas". Esta decisão pode aumentar consideravelmente a pressão sobre a força paramilitar iraniana, informou nessa sexta-feira, 5, o Wall Street Journal. Citando membros do governo americano que pediram para ter o nome preservado, o jornal afirma que Washington anunciará a medida nesta segunda-feira, 8.
Os Guardiães da Revolução (Pasdaran) são um exército ideológico criado em 1979 para proteger a revolução islâmica de ameaças externas e internas. A força armada conta com um forte apoio econômico e político. Sua unidade de elite, a Quds, é utilizada para apoiar forças aliadas do Irã no exterior. Entre os beneficiados estão as tropas do presidente sírio, Bashar al Assad, e o Hezbollah libanês.
Em 2018, Washington impôs pesadas sanções econômicas aos Guardiães da Revolução. Qualquer empresa ou cidadão americano que realize negócios com uma organização qualificada de "terrorista" pelo governo americano é passível de sanções.
Ainda segundo o jornal, o Pentágono e a CIA estariam preocupados com as consequências que tal decisão pode ter sobre as tropas americanas no Oriente Médio.
Resposta iraniana
Caso os Estados Unidos concretize a decisão, o presidente da comissão de segurança do Irã Heshmatollah Falahatpisheh disse que o país colocará o exército norte-americano em sua lista de grupos terroristas. "Vamos colocar os militares deles em nossa lista de terrorismo, ao lado do Estado Islâmico", publicou Falahatpisheh em seu Twitter neste sábado, 6.