EUA dizem que Paquistão está ampliando seu arsenal nuclear

Congresso americano diz que questões estão se tornando 'uma preocupação crescente' para a segurança

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Por Redação
Atualização:

Uma reportagem publicada no jornal americano The New York Times nesta segunda-feira, 18, diz que membros do Congresso americano foram informados de que o Paquistão está ampliando rapidamente seu arsenal nuclear mesmo enquanto o país sofre com combates contra a milícia Taleban.

 

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O chefe do Estado-Maior americano, Mike Mullen, a maior autoridade militar dos EUA, confirmou a informação na última quinta-feira, 14, ao ser questionado se havia notado alguma evidência do aumento do arsenal nuclear paquistanês.

 

Segundo os militares, a hipótese de que o Paquistão está fazendo grandes investimentos em seu arsenal está se tornando uma preocupação crescente no governo de Barack Obama. O país está produzindo uma quantidade considerável de material nuclear enquanto Washington se concentra em assegurar a posse de 80 entre 100 dispositivos para que não caiam nas mãos de insurgentes islâmicos.

 

Um dos problemas para a administração de Obama, entretanto, é que a quantidade de urânio produzida pelo Paquistão é desconhecida. Além disso, o país poderá produzir plutônio enriquecido para fabricar novas armas assim que terminar de construir os novos reatores.

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Militares da administração de Obama disseram ter comunicado ao Congresso que sua intenção era assegurar que a ajuda militar ao Paquistão fosse voltada para ações anti-terroristas. A confirmação de Mullen que o arsenal paquistanês está crescendo, entretanto, parece agravar o desconforto no Congresso.

 

Recentemente o congresso americano discutiu a verba para o auxílio no Paquistão. Cerca de 3 bilhões de dólares seriam destinados para treinar e equipar militares paquistaneses contra os milicianos. Para assegurar que as armas nucleares não caiam nas mãos da Al Qaeda, do Taleban e de insurgentes, entretanto, a verba americana é de apenas 100 milhões de dólares.

 

Um porta-voz do governo paquistanês não comentou sobre a eventual expansão do programa nuclear de seu país, mas disse que as autoridades estão fazendo os esforços necessários para atender às necessidades americanas.

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