EUA pedem à Rússia que retire apoio a Assad após suposto ataque químico

O governo americano acusa a Rússia de ter descumprido compromissos com a Onu e de ter traído a Convenção sobre Armas Químicas ao proteger o presidente sírio

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WASHINGTON - Os Estados Unidos pediram neste domingo à Rússia para que ponha fim "imediatamente" ao seu apoio "incondicional" ao Governo de Bashar al Assad depois do suposto ataque químico ocorrido no sábado, 7, contra a cidade de Duma, o último reduto rebelde nos arredores de Damasco.

Forças pró-regime sírio são vistas avançando em direção à cidade de Douma, a última dominada pelos rebeldes em Ghouta Oriental, neste sábado, 7. Foto: AFP

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A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, afirmou em comunicado que a Rússia "descumpriu os seus compromissos com as Nações Unidas e traiu a Convenção sobre Armas Químicas ao proteger incondicionalmente Assad".

"A proteção do regime de Assad por parte da Rússia e a sua incapacidade para deter o uso de armas químicas na Síria questiona o seu compromisso de resolver a crise global e as maiores prioridades de não proliferação", afirmou a porta-voz. "A Rússia, com o seu inquebrantável apoio ao regime, em última instância é responsável por estes brutais ataques, voltados contra civis e a asfixia das comunidades mais vulneráveis da Síria com armas químicas", acrescentou. O Governo americano acompanha de perto as informações sobre o suposto ataque a um hospital em Duma, onde, sem detalhar o número de mortos, reconheceu que pode haver "um número potencialmente alto de vítimas". "Se estes relatórios horríveis forem confirmados, exigem uma resposta imediata da comunidade internacional", asseverou a porta-voz. Nauert insistiu que o histórico de Assad com o uso de armas químicas contra o seu próprio povo "não está em discussão" e lembrou que há um ano as forças do Governo sírio fizeram um ataque de gás sarin que matou aproximadamente cem sírios.   /EFE

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